
Crianças contam que já sofreram preconceitos raciais em diversos locais.
A primeira vez que ouvi essa palavra, preconceito, foi quando minha mãe ficou indignada porque contei que só usava o elevador de serviço.’ Por quê? ‘As pessoas diziam que negro não podia usar o elevador social’, conta. ‘Aí ela me ensinou a dizer que eu tenho os mesmos direitos.’
Ana, 13, vive faltando na escola. Sempre dá uma desculpa para não freqüentar as aulas, pois está chateada com as piadinhas de alguns meninos. ‘Ficam falando que sou uma bruxa por causa do meu cabelo’, diz.
Às vezes, o preconceito começa no caminho da escola. Marco Aurélio, 11, conta que alguns colegas faziam piadas preconceituosas com o seu nome. ‘Diziam que meu nome era “Macaco Aurélio’’, afirma.
Já Jéssica, 7, era beliscada e cuspida por um colega da perua. O menino dizia que ela não podia sentar ao seu lado porque iria ‘tingir seu corpo’, por ser negra.
Samuel, 10, também sofre com o preconceito racial de outras crianças. ‘Uma vez, na escola, um menino branco mandou eu sair da brincadeira porque eu sou negro. E falou: “Aqui só tem branco, você não pode brincar aqui’.’ Samuel não disse nada. ‘Só saí de perto.’

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