sábado, 31 de outubro de 2009

Sobre a adoção


Levantamento feito pelo juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, Siro Darlan, constatou que dos 122 candidatos que tinha registrado à época para o processo de adoção, 44 exigiram que os futuros filhos fossem brancos.
Filhos de cor branca acabam levando a muitos candidatos a ter uma tranqüilidade social. Ou seja, tendo em casa uma criança de cor branca, e não mestiça, evitaria um questionamento e também um olhar de pena e caridade. Estudo produzido pela Universidade Federal do Paraná comprova que menos de 5,5% das crianças negras são adotadas. Em um país que tem mais de 80 milhões de afro-descendentes e crianças pardas, as mesmas também acabam padecendo do abandono em instituições as quais ainda funcionam como depósitos de pessoas.
O racismo nos faz preparar respostas mais ou menos prontas. Respostas prováveis a questionamentos como: Olha, seu filho é como se fosse da família! Terá o dever de ser bom sempre grato. Se apresentar conduta contrária será rejeitado. Corre o risco de ser rejeitado socialmente.

Oscar Henrique Cardoso

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